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Gestão municipal exige atendimento por demanda espontânea nas UBSs

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O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, anunciou medidas rigorosas para combater a recusa de atendimento por demanda espontânea nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A decisão veio após o gestor flagrar, por meio de monitoramento remoto, a superlotação da Policlínica do Pedra 90 enquanto a UBS vizinha permanecia praticamente vazia.

O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, determinou que equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que se recusarem a atender pacientes por demanda espontânea serão penalizadas. A decisão foi tomada após monitoramento que revelou superlotação na Policlínica do Pedra 90, enquanto o postinho do bairro registrava apenas três pacientes em atendimento.

“Não podemos aceitar que as UPAs estejam lotadas enquanto as UBSs permanecem vazias. Isso é inadmissível. A média de atendimentos diários nas UBSs é de apenas 10 consultas por consultório, e isso precisa mudar”, afirmou o prefeito.

Brunini destacou que orientou os secretários adjuntos a visitar todas as UBSs para comunicar aos servidores que a recusa no atendimento será tratada com rigor. Caso a prática continue, as equipes responsáveis poderão ser substituídas integralmente.

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Para reforçar a fiscalização, câmeras de segurança foram instaladas nas unidades de saúde, permitindo o monitoramento do fluxo de pacientes. A medida visa reorganizar o atendimento e evitar que pacientes classificados com o protocolo de triagem verde (casos de baixa complexidade) sobrecarreguem as UPAs e policlínicas.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Cuiabá lembra que, conforme a Portaria Municipal nº 001/2025/SMS, de 8 de janeiro de 2025, todas as UBSs têm a obrigatoriedade de atender demandas espontâneas, em consonância com as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Precisamos aproveitar melhor a estrutura disponível para atender a população com qualidade e eficiência”, finalizou Abílio Brunini.

Com essas ações, a gestão municipal busca equilibrar o fluxo de atendimentos e garantir o direito da população ao acesso à saúde de forma ágil e eficiente.

“Eu vou pro enfrentamento desta questão! Inadmissível as pessoas esperando 5 horas para ser atendido nas UPAs e Policlínica com os postos de saúde vazios. INADMISSÍVEL! Postos de saúde atendam demanda espontânea!
A média de atendimento de consultório nos postos de saúde é de 10 pacientes por dia, enquanto as UPAs sofrem com superlotação. Não vou aceitar isso! Já falei para os responsáveis pela saúde primária resolver isso”, disse.

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Especialista fala sobre aumento de casos de câncer de pulmão em não fumantes

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Um estudo publicado no periódico The Lancet Respiratory Medicine, no dia 3 de fevereiro, apontou que enquanto os casos de câncer de pulmão relacionados ao tabagismo vêm diminuindo no mundo, há um aumento do diagnósticos da doença em não fumantes. A poluição do ar, tanto interna quanto externa, agora aparece como um dos principais causadores do câncer de pulmão. O estudo foi feito por pesquisadores da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

O câncer de pulmão é a principal causa de incidência e mortalidade por câncer em todo o mundo. De acordo com a Iarc, a estimativa é que o câncer de pulmão em pessoas que nunca fumaram seja a quinta maior causa de mortes por câncer em todo o mundo. Segundo a OMS, quase metade dos casos de câncer de pulmão em pessoas que nunca fumaram estão relacionados à poluição atmosférica -composta por partículas tóxicas de escapamentos de veículos, processos industriais, queima de biomassa e outras fontes. Essas partículas, ao serem inaladas, causam inflamação crônica e danos celulares que podem levar ao desenvolvimento de câncer. Além disso, a fumaça do cigarro, que contém mais de 40 compostos cancerígenos e outros tóxicos, não afeta apenas os fumantes ativos, mas também os passivos.

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“A poluição do ar é um fator de risco subestimado, mas extremamente perigoso. Ela aumenta a incidência de câncer de pulmão e está associada, ainda, a doenças cardiovasculares e respiratórias”, explica o médico patologista Carlos Aburad. “O adenocarcinoma, subtipo mais comum em não fumantes, está diretamente ligado à exposição prolongada a ambientes poluídos”, afirma.

Além disso, a poluição interna, causada principalmente pelo tabagismo, é também um risco à saúde. Quando as partículas tóxicas do cigarro permanecem no ambiente, mesmo após ser apagado, há uma exposição de não fumantes a substâncias cancerígenas. “Muitas pessoas não percebem que estão constantemente expostas a esses riscos em casa, no trabalho ou em espaços públicos. A conscientização e a adoção de medidas preventivas são essenciais para reduzir a incidência da doença”, alerta.

Os especialistas destacam a importância de medidas coletivas e individuais para combater os efeitos da poluição e do tabagismo passivo. “No ambiente de trabalho, por exemplo, é crucial a remoção ou substituição de agentes cancerígenos, além do controle da qualidade do ar. A realização periódica de exames médicos também é fundamental para a detecção precoce de doenças relacionadas à exposição a poluentes”, afirma Carlos Aburad.

O médico patologista complementa que a mudança começa com a educação. “É preciso que a população tenha consciência sobre o tabagismo passivo. Além disso, são necessárias políticas públicas que promovam a qualidade do ar e a saúde coletiva”, avalia.

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Câncer de pulmão em números

O câncer de pulmão de acordo com estimativas 2023 do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o terceiro mais comum em homens (18.020 casos novos) e o quarto em mulheres no Brasil (14.540 casos novos) – sem contar o câncer de pele não melanoma. A doença é a primeira em todo o mundo em incidência entre os homens e a terceira entre as mulheres. Dados mundiais de 2020 mostram que houve a incidência de 2,2 milhões de casos novos – 1,4 milhão em homens e 770 mil em mulheres.

De acordo com o Inca, em cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. Outro fator de risco está relacionado à exposição a agentes carcinogênicos (asbesto, arsênico, berílio e cádmio, entre outros) no trabalho. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 17% a 29% dos casos de câncer de pulmão estejam relacionados ao tempo de exposição a substâncias cancerígenas, ao ambiente de trabalho e a fatores genéticos.

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