SUS EM DEBATE

Gestores discutem melhorias para o SUS em encontro estadual

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A secretária municipal de Saúde de Cuiabá, Lúcia Helena Barboza Sampaio, participou da reunião do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso (Cosems/MT) de 2025, que reuniu gestores de saúde de todo o estado. O encontro teve como objetivo fortalecer a articulação entre os municípios, discutir desafios da saúde pública e alinhar estratégias para melhorar o atendimento à população.

Durante sua fala, Lúcia Helena ressaltou a importância do Cosems/MT como ferramenta essencial para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado. Ela enfatizou a necessidade de cooperação entre as cidades para garantir uma assistência mais eficiente, especialmente para Cuiabá, que recebe pacientes de diversas regiões e desempenha um papel crucial no suporte à saúde estadual.

“A integração entre os municípios é essencial para oferecermos um atendimento de qualidade. Cuiabá, como referência em saúde, precisa do apoio e da colaboração dos demais gestores para aprimorar os serviços. O Cosems/MT é um espaço fundamental para fortalecer essa parceria e buscar soluções conjuntas para os desafios que enfrentamos”, afirmou a secretária.

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O evento também abordou temas como financiamento da saúde, ampliação dos serviços e fortalecimento da atenção básica. Os gestores presentes reafirmaram o compromisso com a melhoria da assistência à população e destacaram a importância da cooperação entre os municípios para garantir avanços no setor.

Com essa participação ativa no Cosems/MT, Cuiabá reforça seu protagonismo na rede de saúde de Mato Grosso, contribuindo para a construção de um sistema mais eficiente e acessível

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SAÚDE

Especialista fala sobre aumento de casos de câncer de pulmão em não fumantes

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Um estudo publicado no periódico The Lancet Respiratory Medicine, no dia 3 de fevereiro, apontou que enquanto os casos de câncer de pulmão relacionados ao tabagismo vêm diminuindo no mundo, há um aumento do diagnósticos da doença em não fumantes. A poluição do ar, tanto interna quanto externa, agora aparece como um dos principais causadores do câncer de pulmão. O estudo foi feito por pesquisadores da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

O câncer de pulmão é a principal causa de incidência e mortalidade por câncer em todo o mundo. De acordo com a Iarc, a estimativa é que o câncer de pulmão em pessoas que nunca fumaram seja a quinta maior causa de mortes por câncer em todo o mundo. Segundo a OMS, quase metade dos casos de câncer de pulmão em pessoas que nunca fumaram estão relacionados à poluição atmosférica -composta por partículas tóxicas de escapamentos de veículos, processos industriais, queima de biomassa e outras fontes. Essas partículas, ao serem inaladas, causam inflamação crônica e danos celulares que podem levar ao desenvolvimento de câncer. Além disso, a fumaça do cigarro, que contém mais de 40 compostos cancerígenos e outros tóxicos, não afeta apenas os fumantes ativos, mas também os passivos.

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“A poluição do ar é um fator de risco subestimado, mas extremamente perigoso. Ela aumenta a incidência de câncer de pulmão e está associada, ainda, a doenças cardiovasculares e respiratórias”, explica o médico patologista Carlos Aburad. “O adenocarcinoma, subtipo mais comum em não fumantes, está diretamente ligado à exposição prolongada a ambientes poluídos”, afirma.

Além disso, a poluição interna, causada principalmente pelo tabagismo, é também um risco à saúde. Quando as partículas tóxicas do cigarro permanecem no ambiente, mesmo após ser apagado, há uma exposição de não fumantes a substâncias cancerígenas. “Muitas pessoas não percebem que estão constantemente expostas a esses riscos em casa, no trabalho ou em espaços públicos. A conscientização e a adoção de medidas preventivas são essenciais para reduzir a incidência da doença”, alerta.

Os especialistas destacam a importância de medidas coletivas e individuais para combater os efeitos da poluição e do tabagismo passivo. “No ambiente de trabalho, por exemplo, é crucial a remoção ou substituição de agentes cancerígenos, além do controle da qualidade do ar. A realização periódica de exames médicos também é fundamental para a detecção precoce de doenças relacionadas à exposição a poluentes”, afirma Carlos Aburad.

O médico patologista complementa que a mudança começa com a educação. “É preciso que a população tenha consciência sobre o tabagismo passivo. Além disso, são necessárias políticas públicas que promovam a qualidade do ar e a saúde coletiva”, avalia.

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Câncer de pulmão em números

O câncer de pulmão de acordo com estimativas 2023 do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o terceiro mais comum em homens (18.020 casos novos) e o quarto em mulheres no Brasil (14.540 casos novos) – sem contar o câncer de pele não melanoma. A doença é a primeira em todo o mundo em incidência entre os homens e a terceira entre as mulheres. Dados mundiais de 2020 mostram que houve a incidência de 2,2 milhões de casos novos – 1,4 milhão em homens e 770 mil em mulheres.

De acordo com o Inca, em cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. Outro fator de risco está relacionado à exposição a agentes carcinogênicos (asbesto, arsênico, berílio e cádmio, entre outros) no trabalho. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 17% a 29% dos casos de câncer de pulmão estejam relacionados ao tempo de exposição a substâncias cancerígenas, ao ambiente de trabalho e a fatores genéticos.

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